Economia Solidária


O trabalho é a condição básica da vida humana. Tal prática mostra uma transformação da natureza em prol do atendimento às necessidades do homem. A sociedade capitalista passou a explorar essa definição, apresentando o trabalho como atendimento das necessidades de uma determinada classe social explorando a exaustão de outro nível social e da natureza.
A Economia Solidária aparece como uma tentativa de reconhecimento do trabalho como atividade orgânica do ser humano e de restaurar de forma humanizada, em equipe e desalienada. Tem como objetivo proporcionar as pessoas uma possibilidade de refletir sobre seu trabalho e de participar de sua gestão e planejamento e, ser um idealizador de resultados.
Mas afinal o que é Economia Solidária?
A Economia Solidária ou EcoSol, é um modo especifico de atividades econômicas e tem uma finalidade multidimensional, ou seja, abrange a dimensão social, econômica, política, ecológica e cultural. É uma maneira distinta de produzir, vender, comprar e trocar onde há cooperação, fortalecimento de grupo, cada um pensando no bem do outro e em si mesmo.
A participação dos trabalhadores em todo processo é fundamental, na decisão que tange a produção e a divisão de metas, ou seja, os resultados econômicos, políticos e culturais são repartidos entre todos sem distinção de gênero, idade e raça. Todos são livres e responsáveis pelo que fazem no grupo do qual participam.
No Brasil, encontramos sob forma de cooperativas, associações, clubes de troca, redes de cooperação, movimentos populares e grupos engajados nas universidades e igrejas. Baseia-se no associativismo e no cooperativismo e, ainda caracteriza-se por uma prática social voltada nos valores de autogestão, democracia, cooperação, solidariedade, respeito à natureza, promoção da dignidade e valorização do trabalho.

Conceito
A Economia Solidária é pauta também no meio acadêmico. Há alguns autores que se dedicam à conceituação da economia solidária, como Paulo Singer (2002), Euclides Mance (2003) e Marcos Arruda (2006).
Segundo Singer (2002), a EcoSol é uma alternativa que a população encontrou para organizar e estabelecer processos emancipatório. Já Mance (2003) acredita que a rede solidária tornará os grupos de trabalhadores mais fortes e com mais oportunidades de renda. Finalmente, Arruda (2006) observa que a atividade possui um crescimento econômico ilimitado e assim serve de base para o desenvolvimento humano e social.
  
            Portanto, a Economia Solidária tem como intuito à reprodução ampliada de vida e superação do individualismo e da alienação proporcionados pela economia capitalista tradicional. Essa superação pode ser atingida através das relações de trabalho em formas coletivas, justas e solidárias. Metodologia que vem se fortalecendo com o passar do tempo, no qual encantam trabalhadores, pesquisadores e atraem o apoio de órgãos governamentais. Mas ainda, necessita ser mais pautada e conceituada para se solidificar e multiplicar, como uma alternativa coletiva e justa de trabalho. Este blog se apresenta como uma alternativa para a disseminação e multiplicação da Economia Solidária.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SINGER, Paul. Introdução à Economia Solidária. São Paulo: Ed. Fundação Perseu Abramo, 2002.
MANCE, Euclides. Como organizar redes solidárias. Rio de Janeiro, DP&A, Fase, IFIL, 2003.
ARRUDA, Marcos. Tornar real o possível. A formação do ser humano integral. Economia Solidária, desenvolvimento e o futuro do trabalho. Petrópolis. Rio de Janeiro: Vozes, 2006.